Nuno Almeida
A emissão de Páginas de Português transmitida no passado domingo, 16 de outubro, na Antena 2, contou com a presença de Hanna Batoréo, que analisa a realidade da língua portuguesa em Timor-Leste, colocando várias questões: O que faz a língua portuguesa em Timor-Leste? E o que se faz com ela? A opção pela língua portuguesa, como língua oficial, que desafios implica, com que realidades se confronta?
Uma entrevista conduzida por Miguel Roque Dias.
A linguista e professora agregada do Departamento de Humanidades da Universidade Aberta descreve o panorama atual da LP em Timor-Leste, abordando várias questões: o número de falantes, a sua presença nos meios de comunicação social, a relação com as outras línguas usadas no território, a estratégia de cooperação e a mais recente polémica em torno das alterações propostas relativamente ao seu estatuto no sistema de ensino. Para finalizar, refere-se, em tom crítico, ao estado da investigação sobre esta temática:
“Tal como diz Luís Filipe Thomaz num dos seus livros de 2002, os portugueses normalmente sabem pouco de Timor e o pouco que sabem vão repetindo, de tal maneira que estas repetições passam a ganhar o estatuto de verdades absolutas. E, infelizmente, esta frase continua atual […]. Eu acho que todos nós temos de lutar no sentido de contribuir para que esta frase do professor Luís Filipe Thomaz deixe de ter a sua importância real, ou seja, que passem a aparecer pessoas como Soraia Lourenço ou como Nuno Almeida, pessoas que fazem estudos que contribuem para o conhecimento concreto do terreno […] e que mostrem as suas ideias, que mostrem como as coisas podem ser desenvolvidas no solo timorense.”
A entrevista tem cerca de 25 minutos e pode ser ouvida diretamente a partir do sítio da Antena 2 aqui, se bem que nem sempre se encontre disponível. Em alternativa, podem ver o pequeno filme que produzi para poder postar diretamente aqui no nosso blogue, no qual usei fotos que fui tirando em Timor.
1 comentário:
Nuno, adorei o comentário e o vídeo! Ocasionalmente ouço o programa, porém não o acompanho com frequência e não havia ouvido esta entrevista.
Ouvi-a e postei em meu blogue seu texto e seu vídeo com as devidas referências a vós e ao blogue, espero não haver problema.
Abraços.
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