segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Para a (Re)introdução da Língua Portuguesa em Timor-Leste.

Texto de Nuno Carlos Almeida.

Resumo:
«Um brevíssimo olhar sobre o passado da presença da língua portuguesa (LP) em Timor-Leste (TL) mostra que a opção da LP como língua oficial (LO) de TL se deveu, não ao número de falantes, mas à sua presença na génese de uma identidade nacional. Há duas questões incontornáveis quando o tema é a (re)introdução da LP em TL: por um lado, o enquadramento sociolinguístico da LP à luz de conceitos da Didática das Línguas, tendo em mente o contexto em que ocorre a aprendizagem de LP pelos diversos públicos timorenses, para que se possam tomar opções adequadas e produtivas; por outro lado, a observação da forte ligação entre língua e cultura, no sentido de prevenir potenciais efeitos negativos da presença de um grande número de agentes estrangeiros no processo de (re)introdução da LP em TL, desconhecedores quer da cultura, quer das línguas dos aprendentes. Estrategicamente, pelo facto de se tratar de um contexto plurilingue, a intervenção em TL exige que se perceba o espaço a ocupar pela LP. Tal espaço deriva do seu estatuto de LO e corresponde às necessidades de comunicação dos aprendentes. Não há dúvida de que o domínio educativo será o mais decisivo para o sucesso na formação de novas gerações de falantes do português em TL. Contudo, não deve ser ignorado o papel que o setor da Administração Pública tem a desempenhar no desenvolvimento e difusão da LP no território de TL, para mais, numa fase em que a descentralização administrativa está em curso. Na escola, a definição de um espaço próprio para a LP obriga ao estabelecimento de pontes entre ela própria e as línguas locais, seja com o intuito de aproveitar o contexto de plurilinguismo para ativar uma competência intercultural que leve ao desenvolvimento de valores de cidadania democrática, seja par a facilitar o acesso ao conhecimento.»

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O Papel do Manual de Língua Portuguesa em Timor-Leste.

Texto de Nuno Carlos Almeida.

Resumo:
«Tendo em mente aquelas que são, de modo genérico, as funções do manual de língua não materna, com base na experiência de formação de professores em Timor-Leste, pretendo mostrar a especificidade do papel do manual de língua portuguesa naquele país, sobretudo no ensino público. Para tal, destaco alguns fatores que contribuem para tal especificidade: o contexto de aprendizagem da língua portuguesa e as necessidades comunicativas dos alunos; a falta de preparação científica, pedagógica e linguística dos professores; o carácter virtual da presença da língua portuguesa na escola e na administração; a aparente indefinição do papel desta língua naquele país; a articulação de determinadas marcas culturais com a língua portuguesa; o estado da investigação dedicada à língua portuguesa em Timor-Leste e a indefinição de uma norma da variedade leste-timorense. Estes fatores fazem com que o manual de língua portuguesa tenha, em Timor-Leste, um papel específico, tanto para alunos como para professores: para além de servir como o verdadeiro guia para as aulas, é praticamente o único meio de aprendizagem da língua portuguesa, conferindo a esta língua uma utilidade visível, no domínio educativo; num país onde a língua portuguesa está recentemente em crescimento e evolução, inclusive no que se refere à sua relação com a cultura, o manual, da mesma forma que ajuda a enquadrar a língua na cultura leste-timorense, também representa e contribui para a definição de uma norma linguística. Esta reflexão interessa sobretudo a atuais ou futuros autores de manuais de língua portuguesa destinados a Timor-Leste.»

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O Futuro da Língua Portuguesa em Timor-Leste.

Texto de Soraia Valy Lourenço.

Resumo:
«O Ensino do Português em Timor-Leste (TL) é ainda uma área pouco investigada e a generalidade da bibliografia existente sobre o tema remete, quase sempre, para duas perspetivas de estudo: uma histórica (passada) e outra futura. No que concerne à perspetiva histórica da presença da Língua Portuguesa (LP) em TL, não existem dúvidas pois faz parte de um passado documentado em testemunhos escritos, sendo inquestionáveis os laços históricos mantidos com o povo. Relativamente à perspetiva futura, os discursos são formulados na base da incerteza, da dúvida e do receio em manifestar uma opinião, pois reconhece-se que o futuro da LP no contexto de ensino timorense está dependente da conceção de uma adequada política linguística para TL. Em estudos atuais, questionam-se metodologias e propõem-se diferentes abordagens, baseadas em experiências ou nas mais recentes teorias acerca do ensino e aprendizagem de línguas, no sentido de apresentar soluções para a formação de novas gerações de falantes da LP em TL. No entanto, quem teve oportunidade de contactar localmente com diferentes práticas de ensino pode testemunhar que as especificidades do contexto de ensino timorense e os desafios enfrentados pela LP em TL legitimam as dúvidas que conduzem à interrogação: Que futuro tem a língua portuguesa em Timor-Leste? Uma resposta a esta questão passa forçosamente por uma análise atenta quer das opções pedagógicas que têm estado, na base da reintrodução / consolidação da LP em TL, quer do papel que a LP desempenha ou venha a desempenhar na sociedade timorense. Neste sentido, é fundamental ouvir os principais interessados - os timorenses - e reconhecer as especificidades do contexto linguístico, cultural e social de TL. A presença de TL na CPLP também condiciona as formas de perspetivar o ensino da língua portuguesa neste país, exigindo mudanças, tornando-o mais exigente e técnico, adaptando-o às necessidades específicas da sociedade timorense num universo intercultural.»

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O Manual de Português para Falantes de outras Línguas: progressos e desafios.

Texto de Soraia Valy Lourenço.

Resumo:
«É inegável a importância que um manual escolar adquire nos diversos contextos de ensino-aprendizagem em que é utilizado, quer pelo seu estatuto de mediador cultural, quer pela sua função frequentemente normativa. A comunicação destaca o papel do manual nos contextos de ensino de PLE e PL2, particularmente no espaço europeu, no Ensino Superior (Croácia), e em Timor-Leste, aquando da reintrodução da língua portuguesa (LP) a um público aprendente adulto diversificado. Para tal, propõe-se uma análise contrastiva das funções que um manual desempenha nos referidos contextos, refletindo-se acerca das diferentes abordagens culturais, temáticas e linguísticas, tendo em conta o público aprendente, as suas necessidades comunicativas e os domínios de atuação. Contrastando com a abordagem estruturalista e a aprendizagem centrada no professor, que muitos manuais em uso nos diferentes contextos de ensino-aprendizagem de português no estrangeiro, em situação de não imersão linguística, ainda refletem, a abordagem comunicativa e a aprendizagem centrada no aprendente surgem atualmente como fatores fundamentais e privilegiados para a conceção de manuais escolares (PLE e PL2). Nessa linha salienta-se a relevância de documentos como o QECR e o QuaREPE para a elaboração de manuais no sentido de responderem positivamente às solicitações europeias no que concerne ao ensino-aprendizagem de línguas. Nem todos os contextos de ensino-aprendizagem possuem instrumentos que orientem aprendizagens e apoiem a atividade do professor de português LE/L2, como por exemplo em Timor-Leste ou noutros contextos de ensino, nos quais o português tem um estatuto de PL2. O papel plurissignificativo que o manual exibe não se reflete apenas no processo de ensino-aprendizagem e na relação pedagógica que mantém com ensinantes e aprendentes nos diferentes contextos de ensino-aprendizagem de PLE ou de PL2. Importa também realçar a sua crescente importância para a estratégia de internacionalização da LP.»

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Plurilinguismo Timorense e a Língua Portuguesa dez Anos depois da Independência.

Texto de Hanna Jakubowicz Batoréo.

Resumo:
«O presente artigo tem por objectivo reflectir sobre a situação linguística em Timor-Leste e sobre a forma como a Língua Portuguesa é estudada, perspectivada e avaliada, mas também ensinada dez anos depois da independência, numa sociedade multilingue como a timorense (cf. Batoréo 2009, 2010, 2011, Freitas 2011 e Dias 2011). Esta problemática prende-se não apenas com as questões estritamente linguísticas, mas também com as questões de carácter sociolinguístico, relativas a atitudes linguísticas, bem como à lealdade e identidade linguísticas (cf. Batoréo & Casadinho, 2009; no prelo, no âmbito da problemática abordada em Linguística Cognitiva, no enquadramento das línguas pluricêntricas, cf. Silva et al. 2011). A questão do ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste só pode ser abordada tendo em conta a actual e real situação da Língua Portuguesa no país. A complexidade da temática origina várias discussões e causa muitos desentendimentos, se não for acompanhada com rigor e conhecimento da situação real, vivida actualmente pelo povo timorense.»

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A Língua Portuguesa e o Conflito Intergeracional em Timor-Leste.

Texto de Marisa Ramos Gonçalves.

Resumo:
«O movimento de solidariedade pela independência de Timor-Leste em Portugal constituíu uma das manifestações de união nacional mais marcantes da história contemporânea portuguesa. A escolha do Português como Língua oficial desta antiga colónia emergiu junto da opinião pública Portuguesa como uma opção lógica da liderança timorense e abriu portas a um forte investimento público de cooperação no ensino e promoção da Língua Portuguesa em Timor-Leste. No entanto, uma análise objectiva da realidade social e política do período pós-independência em Timor-Leste teria sido instrumental na orientação da cooperação Portuguesa para a escolha de estratégias mais inclusivas e ‘apolíticas’ de ensino da língua. A Língua Portuguesa é um factor de tensão entre a ‘geração de 1975’, educada no tempo colonial português, e a denominada ‘gerasaun foun’ que cresceu durante a ocupação Indonésia. O papel desta geração mais jovem na frente clandestina urbana e junto dos movimentos pró-democracia indonésios foi indispensável na projecção internacional da causa timorense. Se por um lado a geração que liderou a resistência timorense na luta armada e na frente diplomática defende um nacionalismo e identidade timorenses com raízes lusófonas, a ‘geração foun’ identifica-se com uma identidade pós-colonialista baseada nos laços étnicos com Timor Ocidental e nos ideais de luta pela democracia partilhados com os activistas indonésios. Este artigo argumenta que uma política de cooperação para a promoção da Língua Portuguesa em Timor-Leste deverá construir-se a partir de um conhecimento mais efectivo da realidade cultural e política local. A paz social e o diálogo intergeracional saíriam mais beneficiados com programas especificamente desenhados para a ‘gerasaun foun’ e a ainda mais jovem ‘gerasaun independensia’ e, por outro lado, com ênfase na valorização das línguas locais.»

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Expressão Linguística em Timor-Leste – Desafios.

Texto de Regina Pires de Brito.

Resumo:
«De 1975 e 1999, Timor-Leste vivenciou uma política de “destimorização” aplicada pelo dominador indonésio, que, do ponto de vista linguístico, representou a inclusão de uma nova língua manifestada pela imposição da “bahasa indonésia”, a minimização do emprego do tétum, língua nacional, e na proibição do uso do português. Com a chegada das Nações Unidades, em 1999, para restabelecer a paz e iniciar a reconstrução do território, acentua-se a utilização do inglês, língua de trabalho (e que já, naturalmente, se fazia presente devido especialmente à proximidade com a Austrália). Com a independência e a constituição da República Democrática de Timor-Leste, em maio de 2002, a língua portuguesa recebe o estatuto de oficial, ao lado da língua tétum. Acrescente-se a isso, as demais línguas locais do país. Esta breve exposição permite delinear a situação multilinguística que é comum presenciarmos em Timor-Leste. Apresentar aspectos da conjuntura atual do português, sua relação com as demais línguas e a situação de sua reintrodução em Timor-Leste é o que se propõe neste trabalho.»

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O género em Português Europeu e em Tétum: reflexões para uma didática do PL2 em Timor-Leste.

Texto de Célia Morgado Choupina.

Resumo:
«O género em Português Europeu é uma categoria morfológica e lexical mas também morfossintática, marcada por diversos processos. Enquanto categoria morfossintática, todos os nomes têm um género (Câmara 1970), o qual permite a concordância das palavras na frase. Assim, a marcação do género nos nomes é obrigatória e o seu tratamento prende-se com duas questões nucleares: (i) a não correlação das noções de género e sexo; (ii) a diversidade de processos para expressar o género, não sendo, em caso algum, por flexão nominal (Villalva, 2000). O adjetivo concorda com o nome com o qual se relaciona, variando o género, sempre que a forma o permite, segundo as propriedades do nome. Em Tétum, o género parece não ser uma categoria morfossintática e mostra estar correlacionado com a noção de sexo, sendo que apenas é marcado no caso dos nomes de seres animados. Nos restantes nomes, não há variação de género e os adjetivos são igualmente invariáveis quanto ao género.
A presente comunicação tem como objeto de reflexão a categoria género nos nomes e nos adjetivos, na perspetiva da linguística comparada entre o PE e o Tétum. Assim, pretendemos dar cumprimento a dois objetivos: evidenciar as marcas específicas da formação do género nas duas classes em análise e nas duas línguas, realçando-se as semelhanças e as diferenças; considerando que a didática de uma L2 deve ter em consideração as possíveis áreas de transferência, enunciar e justificar a necessidade de ter presente aquelas reflexões no ensino do PL2 em Timor-Leste, adaptando o ensino-aprendizagem a uma realidade diferente (Batoréo, 2008).»

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Desenvolvimento de Competências Comunicativas em Português L2: o caso de Timor-Leste.

Texto de Célia Morgado Choupina e Isabel Ribeiro.

Resumo:
«O ensino da língua portuguesa em Timor-Leste deve ter em consideração que o português (LP) é língua oficial, como tal é a língua de escolarização e de acesso aos saberes. No entanto, ensinar a LP, num território multilingue, é prover o falante da capacidade de usar a língua de forma adequada às situações de comunicação em que se encontra, sendo necessário levá-lo ao conhecimento do mundo e da realidade em que vive, mas também dotá-lo de competência linguística. A metodologia utilizada, neste contexto de ensino-aprendizagem, deve promover a criação de sequências didáticas e de cenários pedagógicos que visem o trabalho integrado das várias macrocompetências: ouvir, interagir e falar, ler e escrever. Considerando-se que os aprendentes terão de construir o conhecimento da LNM (L2 em TL) sobre a gramática da(s) sua(s) LM, devem privilegiar-se práticas pedagógicas que desenvolvam a competência comunicativa, a qual envolve um vasto conjunto de saberes. Deste conjunto, iremos refletir sobre a competência gramatical, evidenciando algumas especificidades do Português por contraste com a língua tétum, articulando a idade, o perfil e o nível de proficiência linguística dos aprendentes. Neste sentido, as práticas de ensino da língua devem ser abordagens comunicativas, baseadas numa gramática comunicativa que está na base do conhecimento interiorizado de qualquer língua. Tendo por base estas considerações, apresentar-se-á um percurso pedagógico- didático ilustrativo.»

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A Língua Portuguesa na Formação de Professores em Timor-Leste.

Texto de Célia Morgado Choupina, Filipe Silva e João Sampaio Maia.

Resumo:
«A Língua Portuguesa tem sido uma das principais apostas da Cooperação Portuguesa em Timor-Leste. O Projeto de Reintrodução da Língua Portuguesa (PRLP), da responsabilidade do Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) de Portugal, iniciou-se em 2000 e, desde então, tem focado a sua ação em diferentes sectores da sociedade timorense. Nos primeiros anos, os docentes portugueses integrados no PRLP leccionam Português a alunos timorenses dos diferentes níveis escolares, mas, a partir de 2003, o PRLP passa a centrar a sua ação na formação em Língua Portuguesa de professores timorenses de diferentes níveis escolares e áreas científicas dos treze distritos do país. Em 2005, contrariando a situação vigente na altura em que a formação de professores, quer na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e (UNTL), quer no Instituto de Formação de Professores, em Baucau, era desenvolvida em tétum e em indonésio, é concebido e implementado, na UNTL, um curso de formação inicial de educadores de infância e de professores do ensino primário, cujo funcionamento é assegurado, no campo da Língua Portuguesa, por docentes portugueses e brasileiros.
Em 2009, o PRLP converte-se em PCLP (Projecto de Consolidação da Língua Portuguesa) e, com a colaboração da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE-IPPorto), o curso da UNTL é reestruturado, transforma-se numa licenciatura e a língua veicular de ensino passa a ser o Português, em todas as áreas científicas. Em 2010, inicia-se o período de transição do curso antigo para o novo que estará em pleno funcionamento em 2012.»

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Desenvolvimento da Competência Docente: novos rumos do PCLP em Timor-Leste.

Texto de Célia Morgado Choupina, Filipe Silva, Isabel Ribeiro e João Sampaio Maia.

Resumo:
«O Projeto de Reintrodução da Língua Portuguesa (PRLP) em Timor-Leste, da responsabilidade do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), decorre desde 2000, centrando-se no desenvolvimento de competências em Língua Portuguesa. Em 2009, o PRLP passou a ser assessorado pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE-IPPorto) e transformou-se em Projeto de Consolidação da Língua Portuguesa (PCLP) mantendo, na sua essência, a linha de rumo seguida até então. A partir de 2011 e em consonância com as conveniências do sistema educativo e as orientações do Ministério da Educação de Timor-Leste, o PCLP vai centrar-se no desenvolvimento da formação de docentes, não só em Língua Portuguesa, mas também noutras áreas de competências docentes. Não descurando a formação inicial e contínua de docentes dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, a sua ação focalizar-se-á na formação contínua de professores do Pré-Secundário e do Secundário e no desenvolvimento de uma bolsa de formadores timorenses que possam, futuramente, continuar o trabalho realizado até aqui pelo PRLP/PCLP. No que se refere à vertente pedagógico-didática, pretende-se pôr em prática metodologias e estratégias que visem o desenvolvimento da competência comunicativa adequada à realidade timorense, o que implica dominar diversas competências: lexical, gramatical, sociolinguística, pragmática, discursiva e estratégica. As práticas de ensino desenvolver-se-ão pondo em contraste as especificidades estruturais da língua portuguesa e as da língua tétum (e, se possível, as de outras línguas timorenses).»

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Dicionário Hresuk-Português

Trabalho de Alessandro Boarccaech.

«Hresuk é o nome da variedade linguística falada entre os Humangili, comunidade com aproximadamente 2000 pessoas, moradores da ilha de Ataúro, em Timor--Leste. Além do Hresuk, também são falados na ilha o Raklungu em Makadade e o Rasua nas comunidades de Beloi e Bikeli. Forma de comunicação oral, o Hresuk pertence ao grupo de línguas austronésias, ou malaio-polinésio, e pode ser considerado uma variante das linguagens wetarianas – faladas nas ilhas indonésias de Wetar e Lira –, além de apresentar semelhanças ao Galole – idioma falado na região de Manatuto. No entanto, devido ao contato com o Tétum, o Português e o Indonésio os Humangili incorporaram e adaptaram algumas palavras desses idiomas ao seu próprio vocabulário.»

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Língua Portuguesa em Timor-Leste: contexto de ensino e crenças sobre aprendizagem.

Artigo de Izabel Cristina Silva Diniz e Luana Fabrícia Correia Silva.

Resumo:
«Este artigo apresenta alguns aspectos atuais da realidade educacional de Timor-Leste, especificamente, em relação à língua portuguesa e também dá a conhecer as dificuldades encontradas quanto ao ensino e à aprendizagem dessa língua. Além disso, pretende-se analisar algumas crenças de estudantes timorenses relacionadas com a aprendizagem e o uso do português. Visando estes objetivos, será relatada uma experiência em ensino de Língua Portuguesa vivenciada pelas autoras em terras timorenses, no ano de 2012. Considerando a investigação realizada, os resultados apontam para a importância de uma política linguística que se deve preparar para grandes desafios em termos educacionais.»

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Formação de Professores em Timor-Leste: desafios e perspectivas.

Texto de Ricardo Teixeira Canarin e Gisele Joaquim Canarin.

Resumo:
«O presente trabalho pretende discorrer sobre alguns desafios encontrados, na formação de professores em Timor-Leste. Mais especificamente, na formação continuada realizada pela Cooperação Brasileira neste país. Assim, vamos dissertar sobre a dificuldade em formar professores em Timor em caráter de continuidade, na disciplina de Língua Portuguesa. Trata-se então, de um estudo feito apenas com professores de Língua Portuguesa. Para tanto, acreditamos que seja necessário, uma breve explanação do contexto histórico timorense, a fim de esclarecer algumas problemáticas do atual sistema educacional. Timor-Leste é um país que recentemente reconquistou sua independência e ainda está se (re)estruturando política e economicamente, após 24 anos de ocupação indonésia. Assim, salientamos que a educação em Timor-Leste está em uma significativa mudança, principalmente com a adoção do novo currículo em língua portuguesa.»

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Roteiro da Literatura de Timor-Leste em Língua Portuguesa.

Dissertação de doutoramento de Damares Barbosa.

Resumo:
«A presente pesquisa tem como escopo reunir e comentar a Literatura de Timor-Leste em língua portuguesa, tendo como base seus principais representantes. Das lendas às narrativas de viagem, da poesia dos escritores politicamente engajados aos romances escritos na diáspora, o presente estudo procura identificar as principais questões que estiveram no horizonte dos timorenses em diferentes momentos de sua história, assim como delinear a imagem que o conjunto desses textos acabou por produzir de Timor na contemporaneidade.»

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O Babel timorense – à procura das línguas que cheiram a sândalo.

Texto de Lúcia Vidal Soares.

Resumo [nossa tradução a partir do francês / inglês]:
Temos a consciência de que os países multilingues procuram frequentemente soluções para incorporar no sistema educativo as suas línguas ou, pelo menos algumas delas, tenham elas o estatuto de língua materna, língua nacional, língua segunda, etc. Estamos também conscientes de que a gestão de todas estas línguas em contexto escolar traz problemas pedagógicos e ideológicos complexos. Propomo-nos, por isso, neste artigo, analisar a relação entre o panorama sociolinguístico educativo leste-timorense e as orientações para a política educativa no âmbito das línguas. Nessa medida, procuraremos responder às seguintes questões:
- Que lugar ocupam as línguas no sistema educativo de um país multilingue como Timor-Leste?
- Em que medida é que os curricula do ensino primário levam em conta as diferentes línguas? E qual é o lugar reservado às línguas nacionais?

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domingo, 17 de novembro de 2013

Políticas Linguísticas e Ensino de Língua Portuguesa: o caso de Timor-Leste.

Texto de Socorro Cláudia Tavares de Sousa e Maria Erotildes Moreira e Silva.

Resumo:
«O presente trabalho tem como objetivo discutir as políticas linguísticas relacionadas com o ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste. Utilizando os princípios da pesquisa bibliográfica, obtivemos os seguintes resultados: Timor-Leste caracteriza-se por uma situação linguística poliglóssica, fazendo-se necessária a implementação de um planejamento linguístico em que o português coexista com as outras línguas faladas no país e seja ensinado em contexto multilingue. Uma das contribuições desta pesquisa está na reflexão sobre que tipo de lusofonia é possível supor em Timor-Leste se considerarmos as políticas linguísticas declaradas, percebidas e praticadas neste país para a língua portuguesa.»

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Mother tongue-based multilingual education: A new direction for Timor-Leste.

Texto de Kerry Taylor-Leech e Agustinho Caet.

Resumo:
«The selection of the medium of instruction is one of the most challenging and contentious decisions facing education policymakers, since it has such far-reaching effects and implications. Controversy over the role and status of languages in the East Timorese school curriculum has dominated debates about educational quality since independence. This chapter opens with an overview of the current challenges facing education planners in Timor-Leste.
We briefly review the language situation and go on to describe the current educational policy context, identifying some recent legislative and policy initiatives which have bearing on the use of languages in education. Recently, a new policy approach has been advocated in the mother tongue-based multilingual education (MTB-MLE) policy for Timor-Leste. A national debate on this policy was launched in February 2011. Whilst we stress that at the time of writing its recommendations have not been officially endorsed by the government, MTB-MLE pilot projects will begin in a small number of pre and primary schools in 2012. We explain what is meant by MTB-MLE and discuss why it presents an exciting opportunity for educational development in Timor-Leste.»

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Qual o papel da língua portuguesa na política educativa em Timor-Leste?

Texto de Lúcia Vidal Soares.

Resumo:
«A língua, veículo privilegiado de conhecimentos e de ideias, desempenha um papel insubstituível na educação e na formação. E se isto é verdade para todos os países, é-o sobretudo para aqueles que apenas são vistos em função do seu desenvolvimento económico (ou da falta dele), como acontece nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, mas também num outro que com eles partilha o espaço da CPLP, Timor Leste.
Nesta comunicação pretende-se abordar o papel da língua portuguesa na política educativa de Timor-Leste. Nesse sentido, procurarei responder às seguintes questões:
• Quais os critérios que fundamentaram a escolha da língua portuguesa?
• Qual o papel das línguas no currículo?
• Qual a função da língua portuguesa na escola?»

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Corte observacional do uso da língua portuguesa em Timor-Leste na identidade timorense

Texto de Aires Gameiro.

Resumo:
«O autor descreve as observações e alguns dados da sua estadia em Timor-Leste em maio/junho de 2008, durante 40 dias, em duas a três dezenas de encontros de formação, formais e informais, na área de motivações e desenvolvimento vocacional com uma dezena de grupos. As observações de dados, de reações espontâneas e intervenções ocasionais foram registadas em abordagem empírica de estudo de caso e de certo grau de action research

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Formação contínua de professores do ensino não superior em Timor-Leste

Dissertação de mestrado de Agapito da Costa Jerónimo.

Resumo (excerto):
«O título completo da dissertação é «Formação contínua de professores do ensino não superior em Timor-Leste: referências e modelos, discursos e lógicas da realidade, expectativas e níveis de qualificação». A reconstrução de Timor-Leste, como nação, passa pela educação e em primeiro lugar pela formação de professores. A par da formação inicial torna-se ainda mais urgente a educação e formação contínua dos professores do ensino não superior que estão em serviço em Timor-Leste.
Faz-se um estudo sumário da situação passada, presente (e futura) da formação de professores do ensino não superior em Timor-Leste. Como tem sido feita a formação de professores em Timor-Leste? Quais as referências fundamentais de hoje para a formação de professores? Quais as representações dos agentes educativos de Timor-Leste sobre a formação de professores do ensino não superior?
Atendendo a que ainda não há muitos estudos sobre a educação em Timor-Leste, esta é uma das primeiras abordagens sobre a formação contínua de professores em Timor-Leste e reveste-se de um carácter exploratório. Utiliza-se um questionário e entrevistas para recolha de dados, com recurso à estatística descritiva e à análise de conteúdo.»

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Identidade e memória social: estudos comparativos em Portugal e Timor-Leste

Um texto de Rosa Cabecinhas.

Resumo:
«Nesta comunicação apresentamos os resultados preliminares de uma investigação empírica sobre identidade social e perceções da história, cujos dados foram recolhidos através de inquérito por questionário em dois países: Portugal e Timor-Leste. Esta investigação foi realizada no âmbito de um projeto internacional sobre identidade e memória social, tendo como objetivo analisar as representações da história construídas pelos jovens dos diversos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Examinamos as representações de jovens portugueses e de jovens timorenses sobre a história da humanidade, em geral, e sobre a história nacional dos respetivos países, em particular. Investigamos as representações hegemónicas e polémicas, o papel da identidade social e as emoções associadas às personalidades e aos acontecimentos considerados mais marcantes na história da humanidade e nas respetivas histórias nacionais. Na discussão dos resultados refletimos sobre o impato do processo de globalização, por um lado, e o impacto da “lusofonia”, enquanto “zona cultural e linguística”, por outro.»

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Mai ita aprende portugés ho Emília / Vamos aprender português com a Emília

Um trabalho de João Paulo Esperança e Emília Almeida de Araújo.

Esta é uma coletânea de materiais bilingues (tétum e português) para a aprendizagem do português, que foram publicados no Jornal Lia Foun, entre maio e setembro de 2005. São tratados os aspetos das seguintes áreas: léxico, fonética e fonologia, relação grafia-fonia, flexão verbal e formas de tratamento.

Pode descarregar tudo na página do autor ou consultar e descarregar aqui mesmo:



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