Nuno Almeida
Foi pedido a vários formandos de cursos de português que produzissem oralmente a frase “Eu também falo português” na sua língua materna. Para além das línguas maternas, pedi a dois deles que dissessem a mesma frase em português e indonésio. Às gravações obtidas e a algumas imagens de Timor-Leste, adicionei uma música de fundo que sugere a presença de um ambiente natural pouco transformado. O resultado é um rudimentar filme que nos dá uma pequena ideia da riqueza linguística que podemos encontrar em Timor-Leste, ao mesmo tempo que a frase repetidamente traduzida, tendo em conta a presença da língua portuguesa neste bonito país, transporta uma elevada carga simbólica.
As línguas utilizadas são (segundo informação dos formandos): português, galolen, mambae, indonésio, makasae, tétum, tokodede, baikeno, sa’ani, bunak, fataluku, tétum terik e waimoa. O mambae e o makasae aparecem várias vezes e a ortografia é da minha responsabilidade – com base na ortografia do tétum e com algumas mais que prováveis incorrecções. Parece-me haver em alguns casos influência do tétum nas produções dos falantes.
Não se trata de um trabalho de cariz científico e, por isso, não tem a pretensão de cobrir todo o património linguístico de Timor. Foi realizado apenas com o objectivo de criar um ambiente ilustrativo da riqueza linguística de Timor-Leste (especialmente para quem nunca visitou o território) e foi usado por mim num momento prévio à apresentação de um trabalho de investigação para a obtenção do grau de mestre, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em Abril de 2009.
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