Fátima Marques
«Certamente, os meios de comunicação australianos parecem pensar que Timor-Leste está comprometido, numa bizarra e arcaica lealdade, à língua portuguesa – uma língua moribunda de colonialistas indiferentes, uma espécie de Latim ramificado, transpirando os seus últimos dias debaixo de palmeiras – o que é ritualmente denunciado, como se a adopção do português, por si só, fosse suficiente para demonstrar a loucura do primeiro governo de Timor-Leste. O mesmo realismo insípido destitui o português como se fosse uma espécie de sentença de morte económica. Todavia, esta apreciação racionalista parece não ter em conta os desenvolvimentos significativos na região. Se as sumidades dos media australianos estão certas, então porque estão, actualmente, a rebentar pelas costuras as escolas de língua portuguesa em Macau, com largos milhares de estudantes chineses? […]»
Numa altura em que se volta a assistir ao relançamento do debate sobre o papel da língua portuguesa em Timor-Leste como factor de construção de uma identidade nacional, deixo aqui um texto pertinente, escrito por Michael Leach, investigador na Deakin University (Austrália), artigo publicado no Arena Magazine, na edição de Dezembro/Janeiro 2007-08 (traduzido para português). O autor apresenta alguns pontos de vista que retomam a discussão em torno da língua portuguesa em Timor-Leste e da aprendizagem da mesma em países com economias emergentes, à luz de outros aspectos estratégicos: o económico, o social, o político.
Para descarregar o artigo completo, cliquem na miniatura.
Sem comentários:
Enviar um comentário