Hanna J. Batoréo
“Da parte de
Portugal, ensinar a língua portuguesa, no contexto acima traçado, exige a adoção
de uma atitude prática e simultaneamente técnica:
- A disponibilização de professores
adequadamente preparados e treinados a nível de português língua não materna,
cientes dos desafios e das diferenças que o ensino-aprendizagem da L1 e L2
trazem tanto aos alunos como aos professores;
- Bom conhecimento da complexidade da
situação cultural timorense pelos professores disponibilizados;
- Bom conhecimento da complexidade da
situação linguística e sociolinguística timorense com foco específico para a
necessidade de conhecimento, pelo menos passivo, de tétum e/ou outra(s)
língua(s) local(is);
- Bom conhecimento da identidade
linguística e da identidade nacional timorense;
- A elaboração de materiais específicos
propositadamente preparados para o efeito e para diferentes níveis do ensino,
enquadrados na realidade cultural e linguística timorense;
- A organização e formação dos quadros
locais com base nos recursos específicos existentes, devidamente preparados do
ponto de vista linguístico e didático.
Tal como acontece
já noutros países da CPLP, nos projetos levados a cabo por exemplo em Cabo
Verde (onde existem propostas de alfabetização em crioulo cabo-verdiano)
precisa-se de uma política específica e coordenada, cientificamente bem
documentada e elaborada, que pode passar, por exemplo, por um período de
alfabetização prévia numa das línguas locais ou na língua veicular.”
O texto completo,
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