Texto de Célia
Morgado Choupina.
Resumo:
«O género em Português Europeu é
uma categoria morfológica e lexical mas também morfossintática, marcada por
diversos processos. Enquanto categoria morfossintática, todos os nomes têm um
género (Câmara 1970), o qual permite a concordância das palavras na frase.
Assim, a marcação do género nos nomes é obrigatória e o seu tratamento
prende-se com duas questões nucleares: (i) a não correlação das noções de
género e sexo; (ii) a diversidade de processos para expressar o género, não
sendo, em caso algum, por flexão nominal (Villalva, 2000). O adjetivo concorda
com o nome com o qual se relaciona, variando o género, sempre que a forma o
permite, segundo as propriedades do nome. Em Tétum, o género parece não ser uma
categoria morfossintática e mostra estar correlacionado com a noção de sexo,
sendo que apenas é marcado no caso dos nomes de seres animados. Nos restantes
nomes, não há variação de género e os adjetivos são igualmente invariáveis
quanto ao género.
A presente comunicação tem como
objeto de reflexão a categoria género nos nomes e nos adjetivos, na perspetiva da
linguística comparada entre o PE e o Tétum. Assim, pretendemos dar cumprimento
a dois objetivos: evidenciar as marcas específicas da formação do género nas
duas classes em análise e nas duas línguas, realçando-se as semelhanças e as
diferenças; considerando que a didática de uma L2 deve ter em consideração as
possíveis áreas de transferência, enunciar e justificar a necessidade de ter
presente aquelas reflexões no ensino do PL2 em Timor-Leste, adaptando o ensino-aprendizagem
a uma realidade diferente (Batoréo, 2008).»
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